2005-07-19
Intervistado: Ricardo Santos
Fonte ou autor: Metalicidio
Morbid Death - 15º Aniversário
Após 14 longos anos de carreira, os Morbid Death preparam-se para festejar no final deste verão, mais um aniversário. 15 anos de música de peso que garantiram a esta banda micaelense um seguro lugar a nível do ranking do metal nacional e de ganharem o estatuto de ‘lenda viva’ nos Açores. Á conversa com Ricardo Santos, baixista/vocalista e fundador da banda, tentamos ir um pouco mais além…
João Arruda – Fala-nos um pouco do início de carreira dos Morbid Death e do seu percurso até hoje.
Ricardo Santos – Aquando do início de actividade dos M.D., só existia uma banda de hard’n’heavy com o nome de Wrek-Age.
O nosso maior ‘pontapé de saída’ foi no ‘Açores Pop Rock ‘92’ (Concurso de música moderna ‘made’ nos Açores). Ficamos em 3º lugar de entre 21 projectos concorrentes, o que, para quem estava a dar o primeiros passos na música, era excelente!...
Hoje em dia, a banda amadureceu e conta com 2 demo-tapes, 3 cd’s (Echoes of Solitude; Secrets; Unlocked).
Resumir quase 15 anos de carreira é um bocado difícil…
J.A. – O que te levou a criar os Morbid Death?
R.S. – Sinceramente não sei dizer…penso que foi o gosto pelo o metal. Era uma forma de exprimir o que sentíamos na altura e mostrar a geração mais velha que nós não éramos de uma geração rasca! Não me arrependo de nada!!!
J.A. – Como vês actualmente a comunidade musical de peso açoreana? Achas que está pelas vias da amargura ou nem por isso?
R.S. – Neste ano de 2005, nenhum metaleiro açoreano, principalmente o micaelense se pode queixar! Tem havido eventos q.b.. Além disso, já recebemos cá os RAMP, de seguida os Tarântula e depois os Moonspell. Os três bastiões máximos do metal nacional em S.Miguel. Não achas que estamos de perfeita saúde? Inclusivé, existe malta a apoiar o que é feito por cá, que é o teu caso, o da Armagedeon, PJ Prods, etc.
J.A. – Qual é a sensação de partilhar, mais uma vez, o palco com uma das maiores bandas de metal nacional, os Moonspell?
R.S. – Nem sei o que dizer…de facto, será mais uma vez positivo para nós, nem que seja o convívio entre as duas bandas. Eles são pessoas impecáveis! Deram-nos força das outras vezes e penso que desta não será diferente. Felizmente as relações Morbid Death/Moonspell recomenda-se, Eh!Eh!Eh!
J.A. – Com que podem os fãs contar desse concerto?
R.S. – Será um concerto de retrospectiva dos 15 anos de existência da banda. Penso que o público em geral irá gostar do que vai ver e ouvir. E, haverá uma surpresa para todos os presentes!...Estejam atentos á Darkest Side of Paradise, eh!eh!eh!
J.A. – Quando podemos ter acesso a um DVD dos Morbid Death?
R.S. – O concerto no Coliseu Micaelense será gravado na íntegra para futura edição em DVD. Queria pedir a todos que comparecessem e mostrassem a ‘raça’ dos metaleiros açorianos.
J.A. – A internacionalização será algum dia uma hipótese para os Morbid Death?
R.S. – Se dependesse de nós, sim…é muito complicado e não sabemos o que o futuro nos reserva.
Gostamos de ter sempre os dois pés bem juntos ao chão.
J.A. – Já tem mais de um ano que vcs lançaram o vosso último álbum, Unlocked. Certamente já se encontram a preparar material para um novo álbum. Queres adiantar algo sobre isso?
R.S. – Sim, já começamos a compôr material novo. Até que já apresentamos um tema novo ao vivo - Liberate. Pela reacção das pessoas, curtiram!...Penso que estamos no bom caminho!
J.A. – O que achas das bandas dos Açores que vão gritar para o público lisboeta que repita gritos de ‘guerra’ totalmente desconhecidos para eles como ‘Pintxa da mã’ (risos)? Como correu a vossa mini digressão pelo continente? Como reagiu o público ao vosso trabalho?
R.S. – Foi um dos momentos que jamais esquecerei! Fazer uma sala repleta de headbangers gritar ‘ Pintxa da mã’ em uníssono,…Gandes malucos!!!
A actuação em Coimbra foi deveras a melhor. O feedback das pessoas foi espectacular. Estamos com saudades e esperemos voltar o mais rápido possível, ao continente.
J.A. – Como recordas estes 15 anos de carreira musical?
R.S. – Com nostalgia e ao mesmo tempo, satisfeito por tudo o que se tem feito.
São 15 anos de ‘amor á camisola’ e espírito de sacrifício. Acreditamos naquilo que fazemos e este é o nosso segredo, ooops! Já não é segredo, eh!eh!eh!
J.A. – Não posso deixar de perguntar o que achas do Metalicídio e que mensagem queres deixar aos seus utilizadores que vão ler esta entrevista.
R.S. – O Metalicídio é uma excelente fonte de informação sobre as bandas e ex-bandas. De facto, é um projecto muito interessante e espero que tu, João, não deixes a chama extinguir.
A todos, o nosso mais sincero obrigado!
Todos fazem parte, de uma maneira ou de outra, da família MORBID DEATH!!!
Nome: Ricardo Santos
Data de Nascimento: 06-11-1972
Banda: Morbid Death
Banda Favorita (s): Paradise Lost
Cd de eleição: One Second (P.L.)
DVD eleição: Vários
Livro favorito: não tenho
Filme favorito: Resgate do Soldado Ryan
Nome: Paulo Bettencourt
Data de Nascimento: 11-08-1976
Banda(s): Morbid Death; Luís Alberto Bettencourt (para além de participações em diversos projectos, bandas e gravações)
Banda(s) Favorita(s): são muitas e de variadíssimas vertentes mas posso destacar Anathema e Obituary
CD de eleição: Master of Puppets (Metallica)
DVD de eleição: Imaginary Day Live (Pat Metheny)
Livro Favorito: Lista Telefónica ;)
Filme Favorito: Laranja Mecânica
Nome: Pedro Miguel de Medeiros Andrade
Data de Nascimento: 16-12-1968
Banda(s): Morbid Death
Banda(s) Favorita(s): King Diamond, Crimson Glory, Dream Theater
CD de eleição: \"Transcendence\" (Crimson Glory)
DVD de eleição: \"Metropolis\" (Dream Theater)
Livro Favorito: \"Animal Farm\"
Filme Favorito: \"E.T.\"