José Miranda e Carlos Rijo são os responsáveis pela produção do Ep que a banda liderada por Ricardo Santos começa a gravar este mês, nos estúdios TNT.
Seis anos depois, os Morbid Death voltam aos discos. Não consideram muito tempo entre um registo e outro?
Podemos considerar que sim mas como devem calcular, a gravação de um álbum não é assim tão acessível, monetariamente falando. Além disto, ao longo destes 6 anos, definimos outras metas, que não a de um álbum. Fizemos uma mini-tour no continente, demos um número considerável de concertos por cá e editámos um DVD com o nome 'Spinal Factor: Maintaining aLIVE'. Curioso que este dvd, após a aprovação da RTP-Açores, continua à espera - à pouco mais de um ano - de enquadramento na grelha de programação da referida estação televisiva!!! Mas isso é outra história...
Portanto, como podem verificar, a banda sempre esteve activa com pouquíssimos apoios monetários mas sempre com grande vontade de concretizar os objectivos definidos.
Ao contrário do que se pensava, não se trata de um álbum, mas sim de um Ep. O porquê dessa opção?
Pretendemos editar um registo com qualidade em vez de quantidade. Desta forma, vamos focar-nos intensivamente nas 5/6 faixas que farão parte desse registo, de modo a que os temas não sejam apenas 'mais um'.
Tal como já tinham anunciado, havia uma clara intenção de mudar de produtor. Os nomes agora apontados reunem as capacidades que pretendem?
Pensámos que sim! Tanto o José Miranda como o Carlos Rijo estão à altura daquilo que nós pretendemos. Além de serem produtores, também são músicos e creio que ajudar-nos-ão em muito, em estúdio.
O que é que esperam mudar em termos de produção, que não tenham conseguido no passado?
Basicamente, a sonoridade até porque os novos temas assim o exigem. Outro aspecto que pensámos ser importante, será a do tempo despendido para o gravar. Queremos que seja um processo rápido e eficaz. Não podemos ficar novamente, cerca de um ano e meio ou mais, em estúdio!
De que novo fôlego falam no press-release?
Tudo será novo para nós apesar de andarmos nisto à quase 20 anos. Novos produtores, novo estúdio (TNT-Total New Trax) e nova sonoridade. Três aspectos sinónimos de 'novo fôlego'.
No passado falou-se em incluir, num suposto disco novo, material mais antigo. Essa proposta mantém-se?
Inicialmente, colocou-se essa hipótese mas decidimos - e penso que bem - que teríamos que apresentar algo de novo.
Musicalmente falando, os Morbid Death vão mudar de estilo ou vão manter-se na mesma linha?
Não se trata de 'mudar de estilo' mas sim, daquilo que nós sentimos neste preciso momento. Parece que voltámos aos anos 90 mas com um toque actual. Sabe bem!
Tendo em conta que o novo trabalho começa a ser gravado este mês, quando é que tencionam lançá-lo?
O mais rápido possível. Preferencialmente, no início do verão deste ano.
Quais as vossas perspectivas para o novo material?
Creio que será bem aceite por quem nos acompanha e poderá surpreender muitos.
De todos os discos de Morbid Death, qual o que vendeu mais?
Penso que todos estão em pé de igualdade.
O novo disco já tem selo ou será edição de autor?
Tal como o DVD, será uma edição de autor. O facto de não termos uma editora, não nos coloca numa situação complicada. Claro que com uma, teríamos sempre apoio da mesma mas por outro lado, fazemos as coisas à nossa maneira, dentro das nossas possibildades sem caprichos e exigências, da mesma.
Pretendem organizar alguma digressão de suporte ao mesmo?
Já fomos contactados para alguns concertos, embora não tenhamos nenhum confirmado. Para o continente, local aonde gostaríamos de ir regularmente tocar, penso que não será possível devido aos elevados custos. Somos músicos amadores com outras responsabilidades pessoais e dificilmente poderemos acrescentar aos muitos encargos que cada qual tem, o de uma digressão ao continente. Praticamente, quase todos os músicos desta terra estão por sua conta e risco e os Morbid Death não são excepção.
20 anos depois, como é que estão os Morbid Death?
Felizmente bem e a prova disso será o próximo trabalho.