2009-05-09
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Broad Beans: Queremos regressar a 69

Tito Bettencourt - Os Broad Beans são uma banda oriunda da Ribeira Grande. Destacam-se pela qualidade técnica dos jovens músicos, e pela mistura de estilos que envolve o seu som, criando uma interessante harmonia de ar fresco por estas terras. O Metalicidio.com tentou saber algo mais sobre o ambicioso projecto, visitando a sua agradável sala de ensaios.

TB - O primeiro sentimento que me surgiu ao ouvir o vosso som foi o facto de ser raro pessoas jovens como vocês optarem por tocar aquele estilo musical. Concordam?


Rofino: Completamente.

Rómulo: Drêt.

TB - O vosso som dá-me um cheirinho de Jimi Hendrix misturado com uma voz ligeiramente inclinada para os tons de Eddie Vedder, mas nunca em demasia. Falem-nos das vossas influências musicais.

Rofino: Jimi Hendrix, The Doors, algumas coisas de Pearl Jam a nível vocal, JohnMayer… Beatles, John Butler...

Romulo: Procuramos buscar estas ondas mais energéticas.

Broad Beans: “we want to return to 69”.

TB - Acham difícil uma banda recente de um estilo não muito comum vingar cá onde a actual geração está vocacionada para o Heavy Metal?

Zulu: Não e assim tão difícil, há muita gente farta de ouvir heavy metal cá… Há pouca variedade cá, e uma banda com o nosso estilo é sempre mais fácil de se destacar.

Rofino: Alem de tudo, tocamos para satisfazer o nosso gosto pessoal.

Rómulo: Mas não falamos de Heavy Metal em sentido pejorativo.

TB - Sentem-se de alguma forma discriminados por isso?

Rofino: Não.

Broad Beans: Peace and Love.

TB - Apesar de jovens, todos os membros de Broad Beans já tiverem anteriores projectos musicais de outros estilos. Querem falar um pouco deles?

Mosca: Eu e o Rómulo começamos com um projecto virado para o Grunge mas não durou mais que um ano.

Rómulo: Um projecto que deu para evoluir bastante.

Mosca: Serviu de pontapé de saída.

Zulu: Estou paralelamente noutro projecto que está actualmente em stand by por motivos pessoais de alguns elementos, e não podemos estar todo o ano a curtir. Só no verão. Está em banho de maria.

Rofino: Strand Book Store. Podia ter sido bom, mas não deu. Enfim… Procurem aqui no metalicidio.

TB - Algo interessante são as letras de Rui Rofino. Onde vais buscar a inspiração para as pequenas historias que nos contas em temas como “She doesn’t know where is the book\"?

Rofino: Às minhas paranóias.

TB - Além das originais, vocês também tem diversas covers de bandas como Mad Season, Stone Temple Pilots e Jimi Hendrix incluídas no reportório… Querem falar da escolha das covers? Houve muitas divergências?

Broad Beans: Não, o pessoal gosta todo da mesma cena praticamente. Apostamos no que é bom na nossa opinião.

TB - Como acham que correu a estreia no bar Sai de Rastos? Concerto que tive a oportunidade de assistir.

Zulu: A melhor estreia possível, não tínhamos casa muito cheia nem muito vazia e o pessoal curtiu.

Mosca: Foi uma boa rampa de lançamento.

TB - Rómulo: Onde compraste aquela T-Shirt atrofiada que usaste na estreia?

Rómulo: Uma oferta da minha tia… Comprou numa empresa de uns rapazes novos que começaram fazer a paranóia. Penso que se situa em Coimbra ou Lisboa.

TB - Há futuros concertos agendados?

Rofino: 23 de Maio em S. Vicente. Mais novidades brevemente.

Zulu: Participaremos no concurso de musica moderna na Ribeira Grande…

Mosca: Provavelmente voltaremos ao Sai de Rastos.

Zulu: Aguardamos contactos para futuros concertos.

Broad Beans: (risos)

TB - Para quando uma demo-cd?

Rofino: Não pensamos nisso por enquanto

Mosca: Queremos dar mais concertos ao vivo

TB - Digam-me o vosso sonho como banda.

Rofino: Tocar num grande festival… Onde não seja possível ver o fundo do público. (risos)

Zulu: Tocar em Crossroad!

Rofino: E voltar ao Woodstock.

TB - Alguma coisa a acrescentar, alguma mensagem para os vossos apreciadores ou publico açoriano em geral?

Broad Beans: Cumprimentos e muita paz.


Entrevista por Tito Bettencourt
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