Formaram-se em Maio de 1993 e, desde logo, foram apontados como um dos projectos mais consistentes da primeira metade da década de noventa, praticando Doom/Death Metal de contornos bem agressivos.
Da primeira formação, faziam parte: João Ferreira na voz, Paulo Jorge Sousa e Nélio Tavares nas guitarras, Marco Cabral no baixo e Mário Bulhões na bateria.
É essa a banda que grava a maqueta “Beyond Darkness”, com quatro temas. Infelizmente, o resultado sonoro dessa maqueta não atinge os propósitos desejados, devido à má qualidade captada. No entanto, a mesma é promovida em todo o país e no estrangeiro. Segue-se a gravação do promo-track “Immortality”, com o objectivo de superar a imagem do registo anterior. Esse tema é incluído em algumas compilações em cassete. Em 1998, a banda entra em estúdio e grava o tema “Punished”, sem dúvida, a grande “malha” da banda. Nessa altura, da formação original, já só restam os dois guitarristas. O tema é incluído na compilação em CD, “Novas Ondas”. No ano seguinte, participam no festival “Steel Warriors Rebellion” em Viana do Castelo, junto com Sinister e Aborted, entre outros. Em 2001, a banda decide colocar um ponto final na sua carreira, oito anos após o início da sua formação.
O que é que vos fez actuar no Festival "October Loud"?
Digamos que foi principalmente o convite da organização. Eles tinham muito gosto que fôssemos os cabeças de cartaz do segundo dia do festival e falaram comigo. Contactei os restantes membros da banda e demos início ao processo de ensaios.
Como é que soube pisar um palco, oito anos depois?
No caso dos Prophecy Of Death, que já não se juntavam há muito tempo, soube muito bem! Foi algo sem explicação ver a sala cheia para nos ver actuar oito anos depois. Foi muito bom recordar os temas e ver no público, duas gerações de metaleiros e amigos do início da década de noventa. Confesso que estava um pouco ansioso quando cheguei ao recinto do festival, por ver muito pessoal cá fora, mas quando demos a primeira nota em palco e a sala ficou cheia, aí sim, veio um pequeno nervo por ouvir o pessoal todo a chamar por Prophecy of Death. O público foi fenomenal e deixou-nos muito avontade em palco e só temos a agradecer a todos. Atrevo-me mesmo a dizer que nunca me senti tão bem em palco.
Esta reunião foi apenas para este concerto ou vamos ter os Prophecy Of Death de volta ao activo?
Esta reunião aconteceu para um caso pontual, para o festival “October Loud”. Todavia, o Nélio Tavares e eu querem dar continuidade à banda. Será um projecto sem grandes stresses, ou até mesmo, um passatempo que só sairá para os concertos que acharmos adequados. Não queremos nem temos tempo para tornar a banda num projecto que implique gastar muito tempo. Será algo que nos dê prazer, sempre que se justificar. Apenas e unicamente isso... Quanto ao Paulo Jorge Sousa, não vai poder dar continuidade por falta de disponibilidade. Temos, no entanto, a certesa de que ele erstará sempre pronto para nos ajudar, sempre que for preciso...
Quanto tempo de ensaio é que tiveram para preparar este concerto?
Tivemos apenas três semanas de ensaios, nas quais ensaiamos alguns dias porque tínhamos de dividir a sala de ensaios com mais duas bandas. Apesar disso, correu tudo muito bem e apesar de alguns pormenores, próprios de quem não ensaiava os temas há muito tempo e teve um curto espaço de tempo, acabou por ter um saldo muito positivo.
Como é que descreves o espírito presente nesses ensaios?
Mal emergiram as primeiras notas, nos primeiros ensaios, veio logo aquele “feeling” que não sentía-mos faz muito tempo. Foi como reviver um período importante nas nossas vidas. De resto, tivemos que dividir o trabalho pelos membros de Prophecy of Death, porque eram oito anos sem tocar o repertório. A nossa principal preocupação, foi encaixar tudo, para que o público que nos ia ver, não saísse defraudado. Creio que, de alguma forma, isso foi conseguido.
Que "feedback" é que tiveram do público presente?
Bem, a reacção do público foi explosiva, não estávamos à espera que a nova geração de metaleiros reagisse como reagiu. Até um “wall of death” fizeram no decorrer do concerto. Foi lindo!
Da formação original, restam apenas os dois guitarristas. É difícil um regresso com o quinteto que se formou em 1994?
Sim eu acho difícil a formação original voltar ao activo visto que alguns desses antigos membros já têm a sua vida pessoal orientada noutro sentido. Em relação à actual formação, como já referi, o Paulo Jorge Sousa de momento não tem disponibilidade para a banda, mas não faz com que nós paremos, visto que não vamos voltar a repetir o mesmo erro que cometemos durante oito anos.
Existe material gravado em estúdio que nunca foi editado. Que planos têm para isso?
Sim temos e o próximo objectivo da banda é tratar desse material que deixamos pendente em 2000, por isso para breve as pessoas irão ter novidades de Prophecy of Death.
Que mensagem deixas aos fãs de Prophecy Of Death?
Obrigado pelo apoio que nos têm dado ao longo desses anos todos e quero agradecer principalmente a toda gente que fez com que Prophecy of Death no “October Loud” desse um concerto magnifico. O sucesso desse show, deveu-se muito à força que o público nos transmitiu, do princípio ao fim. Foi algo que a banda jamais esquecerá e nós mesmos, enquanto músicos dessa formação actual. A ver vamos como será o futuro.