Formada em 2006 na cidade de Angra do Heroísmo na ilha Terceira, a banda Nomdella é composta por Diogo Vilaça na voz, Duartinho no baixo, Vitor Moreira na bateria e Xano na guitarra. O grupo tem influências desde do Rock Alternativo ao Metal, arrecadou o segundo lugar do concurso Angra Rock 2008 onde actuou no primeiro dia do respectivo festival.
O que vos leva a não ter divulgado muito a banda até ao momento?
Ainda não temos nenhuma música gravada com qualidade, apenas algumas músicas ao vivo que não estão nas melhores condições e na ilha Terceira só existe um estúdio Profissional, que é melhor do que nada, mas ainda está fora das nossas possibilidades económicas. Depois do Angra Rock estamos a pensar iniciar o trabalho de gravação do álbum que neste momento está com nome provisório (E1). O título do álbum tem uma história engraçada, na primeira eliminatória do concurso Angra Rock nós actuamos numa sexta-feira 13 e colocamos um autocolante com o número 13 nos instrumentos. Na segunda eliminatória do concurso actuamos no dia 14, e era suposto mudar de 13 para 31 mas houve vários enganos e o 3 ficou invertido transformando-se num E. Achamos piada e até fizemos a analogia “Margem de erro 1” e deixamos ficar. Por coincidência nessa actuação ao tocar uma das músicas houve um erro e saltamos 1 minuto de uma música dando ênfase à analogia “Margem de erro 1”. Estamos a pensar em gravar no album uma música de 30 ou 40 segundos com um erro propositado para dar justiça ao nome do mesmo. (risos)
Que dificuldades sentem no que diz respeito a actuações?
O estilo que tocamos não se enquadra muito nas festas de freguesia, o que nos deixa à margem de muitos eventos, não existem muitos bares onde se realizem actuações ao vivo e apesar de haver espaços onde se possam organizar eventos há falta de apoios. São necessários os contactos certos para actuar fora da ilha. A banda ensaia quase todos os dias, mas ainda assim, temos muito trabalho pela frente.
Uma das reclamações mais frequentes das bandas de metal é o som nas actuações, o que acontece aqui na ilha Terceira?
Tem de haver mais profissionalismo da parte dos técnicos de som, a dificuldade não reside no estilo da música mas sim na atitude dos técnicos que não se dispõem a colaborar muito com os músicos, o que resulta muita vez em falta de qualidade na munição do palco e na má qualidade do som para o público.
Quais as vossas perspectivas para o futuro?
O nosso nome está a começar a ser reconhecido, depois do Angra Rock temos mais um concerto agendado para o dia 12 de Setembro e queremos iniciar o trabalho de gravação do álbum. Somos novos, queremos terminar o que temos actualmente em mãos e logo se verá para onde vamos daí em diante. Depois de gravar o CD queremos distribuí-lo o mais amplamente possível. A nossa preocupação durante um ano foi fazer música, no concurso Angra Rock do ano passado não passamos à final, este ano conseguimos o segundo lugar e estamos muito satisfeitos com a nossa prestação e evolução ao longo deste tempo.