Anomally

Os Anomally vão estar presentes no Festival Internacional de Metal dia 26 de Julho, onde partilharam o palco com FEAR MY THOUGHTS e Morbid Death. O Metalicidio esteve à conversa com Miguel Aguiar:

Os temas do demo cd e promo cd estão todos incluídos neste primeiro album?

Apenas I Am God e Apocalyptic Signs.

O que podemos esperar de material novo, não estreado, durante o concerto de dia 26? É de esperar variações a nível de estilo? Há algum tema em que a banda tenha apostado em especial e que esteja com mais expectativas em relação à reacção do público?

Dos novos temas podem esperar aquilo que já caracterizou os Anomally, peso e melodia.

Não temos nenhum tema em particular, talvez se venha a destacar mais o No Words From The Dead devido ao video clip que foi gravado, no entanto não sei se terá a reacção que um tema como I Am God obteve. Temos 8 temas com algumas variações por isso é difícil apontar um em concreto, a I Am God já é conhecida pelo povo açoriano e tem sido aquela que mais destaque obteve até hoje mas a meu ver temos outros temas como Legacy Of Blood ou Between Angels And Demons que poderão ficar no ouvido de quem nos escutar.

Tendo em conta a distância que há por vezes entre São Miguel e Terceira, o que significa para uma banda terceirense participar nos grandes eventos em Ponta Delgada? Que impacto tem isto na comunidade local terceirense?

É uma grande honra para nós podermos participar nestes grandes eventos, o ano passado participámos no Alta Tensão e este ano voltamos ao Coliseu para tocar no F.I.M. ao lado de outras grandes bandas micaelenses. Penso acima de tudo que isto acaba por ser uma recompensa por todo o nosso esforço, não nos limitamos a ficar na sala de ensaios à espera que nos venham chamar. Os nossos conterrâneos julgo que acabam por se sentir orgulhos de ver uma banda da sua ilha, de pessoal que conhecem a tocar ao lado de grandes bandas como Mnemic ou Fear My Thoughts, até nós ficamos lol.

O álbum ainda não está pronto para lançamento. Que dificuldades se sentem na terceira para gravar e lançar um álbum?

Penso que as dificuldades sentidas cá acabam quase por ser as mesmas que em S. Miguel. Infelizmente tivemos alguns contratempos durante a gravação, o produtor teve de ir para Lisboa durante um mês e meio em tratamento, perdeu-se um bocado de tempo a tentar descobrir uma fórmula \"mágica\" para a gravação das guitarras. O processo de gravação é algo complicado, e também não ajuda muito o facto de sermos perfeccionistas, já chegámos ao ponto de já estarmos um pouco saturados de tanto ouvir estas musicas que gravámos, penso que quando o CD ficar pronto nunca o vou chegar a ouvir lol.

Que comentário fazem a este fenómeno do ano de 2008 ter sido fora do comum no numero de eventos Metal? Tem acontecido o mesmo na Ilha Terceira?

O povo de S. Miguel está de parabéns. À que louvar aqueles que nessa terra fazem o que fazem, por amor à camisola, sem ganhar um tostão, penso que é escusado referir nomes. Não nos podemos esquecer de quem está à frente do Coliseu Micaelense, pois mesmo sabendo que o que vai ganhar com as (poucas) entradas nunca vai conseguir rentabilizar aquilo que investiu. O mesmo não se vê cá na Terceira, temos o Festival Angra Rock que também está na mesma situação, a Câmara Municipal não lucra nada com este festival, no entanto continuam a ter um cartaz cada vez menos virado para o metal. Já sabemos de ante mão que por exemplo nós nunca vamos poder tocar nas Sanjoaninas pois temos \"um som muito pesado\" por isso mesmo acabamos por ter de ir tocar para S. Miguel onde fomos e continuamos a ser muito bem recebidos.