2008-05-08
Intervistado: Félix Medeiros
Fonte ou autor: Metalicidio.com

Anjos Negros

Local: Cantinho dos Anjos
Entrevistado: Félix Medeiros (guitarra)
Entrevistadora: Filipa Matos



Em primeiro lugar fala-nos um pouco de como tudo começou...

Começamos em 2003, numa brincadeira entre mim, o meu irmão Hugo Medeiros e o João Bettencourt. Nessa altura tínhamos dois violões, a bateria e assim decidimos formar uma banda. Mais tarde, em Setembro do mesmo ano entrou a Marisa Oliveira, a antiga vocalista, e decidimos meter também um baixista que é então se mantém até hoje, o Filipe Cabral. Em 2004 demos uns 20 e tal concertos, o estilo nessa altura era mais pop/rock e o pessoal aderia muito bem. Ainda em 2004 a vocalista Marisa Oliveira saiu da banda por motivos pessoais e ficamos cerca de oito meses sem vocalista, portanto dávamos só uns toques em casa. Em Maio de 2005 entrou a Ana Viegas e aí decidimos tocar mesmo o estilo que gostávamos que é o rock progressivo assim mais para o gótico também, e actuamos duas ou três vezes. Desde então temos trabalhado neste projecto, com a participação em vários concursos, dado concertos, etc.


Foi difícil a adaptação da Ana Viegas na banda?

Não muito. No príncipio ela não tinha bem noção do que era fazer uma música, os tempos correctos e basicamente foi isso. Mas depois com o tempo foi-se habituando e agora estamos muito bem.


Porque escolheram este nome para a banda?

No princípio da banda surgiu-nos o nome “Dark Angels”. Depois do nosso primeiro concerto em que tocamos com os Passos Pesados sugeriram que mudássemos para português porque era mais apelativo e entrava mais cabeça.


Algum membro da banda tem formação musical?

Não, tivemos cerca de um mês a aprender as notas, mas não sabíamos basicamente nada. Aprendemos mesmo através de coisas na Internet e mesmo por ouvido.


Principais influências?

Evanescence, acima de tudo.


Para a Ana a Amy Lee deve ser grande referência..

Sim, sem dúvida..


Já houve situações de serem comparados com a banda?

Já muitas vezes, dizem mesmo que somos tal e qual. Ainda há pouco tempo uns amigos nossos foram ao nosso ensaio e disseram mesmo que o nosso trabalho era mais tal e qual ao do álbum antigo de Evanescence.


Tu como guitarrista, que guitarristas te servem de influência?

Eu sempre gostei muito, embora não tenha nada a ver com o estilo que nós tocamos, o guitarrista de Pantera. A história dele é um bocado triste mas eu sempre apreciei muito aquele guitarrista. De resto é mesmo por todos, vou vendo sempre muitos vídeos na net..


A nível regional há alguma banda de que gostes mais?

As bandas que eu curto mais a nível regional são os In Peccatum e Crossfaith.


Quem escreve as letras para a banda e em que se baseiam?

A Ana Viegas e a Natasha. Baseiam-se em lições da vida.


E quem surge com ideias para as músicas?

Eu, depois apresento à banda e então cada um faz a sua parte..


Qual a tua música preferida de Anjos Negros?

Basicamente gosto de todas, mas a minha preferida é All good intentions.


Os vossos gostos musicais diferem muito uns dos outros?

Sim, um bocado. No meu caso eu sou mais para o Rock e Metal, já o meu baixista e o meu guitarrista ritmo ouvem cenas mais diferentes, o que é também uma boa ajuda para criarmos cenas diferentes. O meu baterista ouve mais ou menos as mesmas cenas que eu e a minha vocalista também.


Como vês o facto da banda ter ficado em 2º lugar no Angra Rock?

Foi uma boa experiência, fomos para lá mesmo para curtir. Fomos à primeira eliminatória, não estávamos mesmo nada a pensar que íamos passar mas quando disseram o nome da banda , foi uma festa, foi muito fixe. Depois na segunda eliminatória em que foram só cinco bandas apuradas, tocaram duas de São Miguel, nós e os opressive e ficamos em segundo lugar, foi mesmo espectacular.


Será então este o concerto que mais gostaram até hoje?

Eu gosto de todos, mas o da banda em geral foi mesmo o do Angra Rock.


Qual a tua opinião acerca desses concursos musicais?

Acho que é muito motivante poder concorrer com o nosso trabalho e depois ter alguma gratificação. Não só a nível monetário mas também o facto de tocarmos com outras bandas, no nosso caso com uma banda internacional.


E o último que deram nas Furnas..

Foi muito positivo, o pessoal não estava à espera que a casa estivesse cheia e o concerto correu mesmo muito bem, o som que estava lá estava perfeito!

Relativamente ao trabalho que agora estão a preparar, o que nos podes adiantar acerca dele?

Este trabalho por enquanto é surpresa.. Não posso dizer mais nada sobre isso, mas vai ser um trabalho porreiro.


Concertos?

Temos alguns em vista mas não temos ainda datas certas..


Expectativas em relação ao vosso futuro?

Vamos lá ver, estamos agora à espera de uma cena aí em grande que tem a ver com o nosso trabalho, vamos lá ver se vai dar. O que queremos muito é mesmo apresentar o nosso trabalho pela Europa...


Obrigada pela entrevista e para finalizar gostava que deixasses umas palavrinhas..

O que eu quero mesmo dizer é que façam a música por gosto e que as coisas têm de ser sempre para a frente.
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