2005-12-28
Intervistado: Luis
Fonte ou autor: Sound(/)Zone

Vencedor do Prémio Criatividade do Concurso Guitarrista Metalicidio 2005

Tal como prometido, a SounD(/)ZonE deixa aqui o relato das primeiras reacções dos grandes vencedores do Concurso Guitarrista Metalicídio. No meio dos festejos, a SounD(/)ZonE abordou Rodrigo Raposo e Luís Silva e encontrou dois músicos muito satisfeitos com a vitória...

LUIS SILVA

O que representa esta vitória para ti?
Bem, representa alegria... Desta forma, o esforço foi recompensado, pois estivemos esta última semana sempre a trabalhar...

Fala-me de como decorreu a tua preparação para este evento.
Bem, eu demorei mais um pouco a preparar-me para este evento por causa da época festiva que atravessamos. Há sempre muita diversão nesta época e muitas vezes acaba-se por não fazer muito. Inclusive, cancelei algumas festividades lá em casa para poder trabalhar e me concentrar.

Quanto horas ensaiaste para isto?
Bom, ensaiei com o Freitas [baterista] três vezes... De resto, e como isso foi tudo feito num curto espaço de tempo, fiz as partes da bateria no computador para lhe dar a base daquilo que eu queria, e ele quando ouviu apanhou com muita facilidade.

O que achaste da iniciativa do Metalicídio?
Muito boa!! E também a aderência do público, pois desta vez este não se ficou pelas intenções e compareceu realmente em massa!

Já a agora, o que achas da questão dos concursos, no sentido em que há muita gente que os preconceitualiza pelo facto de ser uma competição?
Na minha opinião, estes concursos são uma maneira de dar a conhecer os músicos que andam na região e de ver o estado em que as coisas andam. Estas são sempre excelentes oportunidades de mostrares o teu trabalho pois, pelo contrário, tens muitas poucas para mostrar que, efectivamente, és músico e guitarrista. É pena porque existe muito potencial mas poucos apoios para este tipo de eventos. O pessoal tem que fazer tudo pelas suas mãos...

Como é o caso do Metalicídio, porque se fosse por iniciativa das entidades culturais não se fazia nada...
Exacto, e isso já se sabe há muito tempo... Inclusive, estava para pegar no micro e agradecer ao Presidente Carlos César por ter aparecido...!!! (risos) De facto, guitarradas não é cultura em S. Miguel... é quase contra-natura!!! (risos)

Tens alguma formação musical?
Nenhuma, sou completamente autodidacta. Aprendia através de revistas que mandava vir de Inglaterra, que é um país muito bom a esse nível. Aprendia com os CD’s que traziam e ia ensaiando com eles, bem como partituras que arranjava na internet, entre muitas outras coisas.

Fala-nos das tuas influências...Achei curioso estares a tocar um tema na onda de Meshuggah num momento, e noutro, uma balada em viola acústica...
Bem, esta é uma das minhas maiores influências, bem como tudo o que seja metal experimental. Toquei violão também porque, simplesmente, gosto de tocar violão! (risos)

Gostarias um dia de seguir uma carreira a solo?
Bem, a solo gostava na medida em que poderia fazer exactamente aquilo que gosto... E receber dinheiro por isso também seria muito bom!! (risos) Seria de facto muito melhor do que estares fechado em casa a ouvir sempre a tua mãe a dizer “não tocas nada”! (risos)

Para finalizar, com que opinião ficaste dos outros concorrentes?
Acho que a maioria estava toda ao mesmo nível...Mas de facto, não presenciei bem o espectáculo porque havia muita gente no recinto à minha frente. Mas de qualquer maneira, acho que houve também alguns que entraram por razões menos coerentes... Mais numa de “picar” apenas...


Fotos: André Frias
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