2003-03-08
Intervistado:
Fonte ou autor: Jornal Antero de Quental

Schism

Como tudo começou?

Os Schism formaram-se em Fevereiro de 2002, então sob a designação de Dark Project, por 4 membros, de entre eles o actual guitarrista e baixista, com o objectivo de mostrar que o metal açoriano não estava morto. A pouco e pouco a banda foi-se compondo, membro a membro, criando uma sonoridade cada vez mais forte e coesa.

Porquê Schism?

Provavelmente devido à ambiguidade da palavra. A palavra Schism provém do grego skhísma, que significa fenda, separação; é uma dissidência religiosa, política ou literária. Paralelamente SCHISM significa uma preocupação constante, uma inquietação melancólica, inquietação melancólica esta bastante presente nas nossas músicas.

Quantos elementos constituem o vosso grupo?

Somos seis: Filipa Silva (voz), João Arruda (guitarra/voz), André Contente (Guitarra), Ricardo Cabral (baixo), Carmen Raposo (bateria) e Graça Leite (teclados).

Como definem a vossa música?

Sensacional. Sensacional na medida em que as nossas músicas ora provocam sensações de grande angústia e melancolia, ora transmitem uma grande harmonia e bem-estar interior. As nossas músicas são como uma mística mistura de riffs agressivos e passagens extremamente melódicas enquadrando-se assim no Gothic/Doom metal.

Já participaram em festivais musicais? Como foi a reacção do público à vossa música?

Sim, já fizemos várias actuações. No passado ano de 2003 demos os seguintes concertos: Sacred Fest (Maio), GarageHELL (Junho), Campo de S. Francisco (Junho), Rock in Ribeira Seca (Setembro), Showcase na RDP-Açores (Dezembro) e Domingos Rebelo (Dezembro). Em relação à reacção do público não se pode dizer que a adesão dos micaelenses ao estilo que tocamos seja propriamente massiva (risos)... na verdade são poucos mas bons!

Têm algum material original?

Todas as nossas músicas são originais tanto a nível lírico como a nível de composição musical. As músicas são na totalidade elaboradas por nós.

Como vêem vocês o mercado musical no nosso arquipélago?

O mercado musical a nível regional é muitíssimo escasso. Qualquer banda que grave um CD e que espere um mínimo de projecção não se pode limitar a vender o seu álbum nos Açores pois talvez o dinheiro nem chegue para cobrir as despesas da gravação. É o preço da insularidade. Vivemos num meio demasiadamente pequeno.

Têm algum grupo que vos sirva de inspiração?

Como qualquer banda temos vários grupos que nos servem de inspiração. A nível internacional é de salientar principalmente os italianos Lacuna Coil e os holandeses After Forever e a nível nacional Moonspell, Desire, ThanatoSchizO, etc. Na nossa música também está sempre patente, como não poderia deixar de ser, a influência de conterrâneos nossos como Morbid Death, In Peccatvm, Obscenus e Gnoticism.

Perspectivas para o futuro?

Possivelmente em breve gravaremos uma maqueta com 4 ou 5 músicas. É uma hipótese que está a ser cuidadosamente analisada e obviamente queremos continuar a dar concertos. Se quiserem saber mais visitem: http://www.schism.web.pt

Entrevista in Jornal Antero de Quental
Comentarios