2001-02-10
Intervistado: Miguel Rego
Fonte ou autor: World Music

Dark Emotions - Ao vivo nos Fenais da Luz

No próximo sábado, dia 26 de Fevereiro, a \"Casa do Dízimo\", nos Fenais da Luz, promete muita agitação musical, com a presença dos Dark Emotions, banda Thrash Metal de Ponta Delgada. O Grupo de Jovens de Fenais da Luz, conta ainda com a presença de vários DJ’s, com vista a uma animação mais vasta. O Stage Diving falou com o baixista Miguel Rego sobre este e muitos outros assuntos. O convite está feito e é dedicado aos mais extremistas!

Qual é o balanço que fazes do ano transacto?
Na minha opinião, não foi mau, embora pudesse ter sido melhor...mas isso é como todas as coisas. Acho que o facto de vivermos nos Açores, explica algumas coisas. De qualquer forma, soubemos aproveitar as oportunidades que nos apareceram.


A tua entrada oficial, deu-se em 2001. Correcto?
Em termos oficiais, sim, foi em 2001. Como sabes, já fazia parte da banda, mas como músico convidado, na segunda voz.

Já esperavas isso ou não?
Sim. Infelizmente, por motivos pessoais e profissionais, o antigo baixista teve de abandonar a banda. Como já estava relativamente inserido na banda, os restantes membros optaram por falar comigo, dado que também era baixista.

Uma vez que vinhas de uma vertente mais agressiva, a tua adaptação a esse novo estilo foi fácil?
Nada é fácil, mas até nem foi muito difícil. Voltar aos ensaios, foi como que o retomar de um hábito...algo que já não fazia desde os Blackmass, praticamente. A adaptação foi, por isso, normal...

Em termos musicais, deu-se uma grande mudança...
Sim, sem dúvida! O Black Metal e o Thrash Metal são duas vertentes muito distintas, apesar de serem ambas Metal. A minha fase nos Blackmass significou a transição, em termos de idade. Naquela altura, era tudo muito diferente, com tendência para a brutalidade. Hoje em dia, existe a preocupação em escutar outras coisas, procurar novas vertentes, enfim, novas sonoridades.

Está fora de questão o ingresso numa banda de Black Metal?
Não, embora dependesse do projecto e dos restantes músicos. Essa vertente marcou-me muito, por isso, deixo a porta aberta a uma eventual situação dessas...

Como é que defines o estilo de Dark Emotions?
Bem, julgo que o Thrash é o rótulo indicado para descrever a nossa sonoridade. Quando entrei para a banda, a principal influência era, Metallica. Actualmente, com a entrada do Luís (guitarrista) estamos numa onda mais idêntica a Testament.

Consideras ter sido importante a entrada do novo guitarrista?
Sem dúvida. O Luís veio contribuir para uma melhor sonoridade da banda. No início, não sabíamos bem das suas capacidades, mas depois, vimos que tinha muito talento...

Quando é que tencionam gravar algo e em que formato?
Infelizmente, a constante entrada e saída de músicos, não foi benéfica nesse sentido. Agora que as coisas estão equilibradas, julgo que ainda este ano, teremos qualquer coisa cá fora. Não posso adiantar nada nesse sentido, por ser cedo ainda...

Quais foram, para ti, os melhores discos de 2001?
Confesso que voltei a ouvir alguns dos meus discos mais antigos. Iron Maiden, Morbid Angel, Deicide, entre muitas outras coisas...

O que é que esperas do concerto do próximo sábado?
Apesar do recinto não ser muito grande, acredito que vai haver muita gente. Da última vez que actuamos nos Fenais da Luz, creio que o público gostou...aliás, as criticas foram muito boas. Recordo, até que foi a minha estreia, em termos oficiais.

Novas datas em perspectiva?
Sim, embora não haja confirmação, temos três actuações em vista, sendo que uma delas está marcada para a Fajã de Baixo. De qualquer forma, acredito que muitas mais vão surgir...

Entrevista por José Andrade
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