2005-10-17
Intervistado: Renato Medeiros
Fonte ou autor: Metalicidio

Hiffen - Lançamento do albúm


Data: 15 Outubro 2005
Local: Backstage do Coliseu Micaelense
Hora: 01:50h am
Texto: João Arruda
Entrevistador: Rui Melo
Entrevistado: Renato Medeiros



De onde e de quem partiu a ideia de Hiffen?

A ideia de Hiffen partiu dos primos Lizardo, Mário e Nuno, ou seja, do guitarrista, baterista e baixista. Antes a banda chamava-se Angel Mind, mas os três viram que não tinha muito a haver com aquilo que tocavam, e como eram primos resolveram dar o significado de “únião”. Então Hiffen - vocês sabem o que é: o traço que une as palavras – significa “Simbolo de União”.

...e quando surgiu a banda?

Portanto, a banda surgiu com os actuais membros em 1996, mas o nome “Hiffen” só surgiu em 1998.

... e a nível de line-up, houve muitas alterações?

A nível de line-up houve 3 alterações e só a partir de 2002 é que o line-up ficou estabelecido. Eu e a Catarina Medeiros (voz) entramos em 2001 e ficamos com 5 elementos na banda. Em Setembro de 2002 vimos que as coisas precisavam de um preenchimento e, a partir dai, fomos para a ideia de que a banda precisava de um teclado. Eu estava para Sta Maria quando o Nuno me liga e diz que tinha encontrado um rapaz interessado. Disse: “ok, tudo bem. Vamos marcar uma entrevista para ele ir fazer uns testes”. Então em Setembro de 2002 entra o Rui Sousa para a banda. Epá... ficou tudo muito mais constituído...
Em Abril de 2003, já com vários temas criados, a Catarina sai da banda... Ficou ausente durante um mês, e nesse período de tempo tive de arranjar alguém para fazer de voz principal, neste caso a Andreia Furtado. Em Maio de 2003 fomos seleccionados para o Angra Rock, e ai tivemos de chamar a Catarina! A partir dessa altura juntou-se o útil ao agradável, ficou a Catarina e a Andreia nas vozes. Ficou decisivo. Este é então o line-up actual.

Comentários ao concerto desta noite?

Não sei os outros, mas eu senti-me diferente pelo facto de termos atingido o objectivo máximo de uma banda, que é lançar um álbum. Senti-me feliz! Gostei de estar ali a tocar para o público. Não houve tanta gente como esperavamos devido à hora... e desde já faço uma crítica à banda que actuou antes: excedeu-se... passou um pouco os limites. Não pensou na banda que ia tocar a seguir, uma banda de originais e que merece toda a atenção. Portanto, dedicou-se a sí própria, até porque nem sequer cultivou, musicalmente, nada conosco. Simplesmente vieram para aqui na sua e... passo a expressão, “cagaram-se” para os outros. Foi uma enorme falta de respeito e acho que toda a comunicação social reparou nisso e vai criticar o que se passou.
Mas em relação ao concerto em si, vai ficar na memória. Sem dúvida.


O lançamento do vosso álbum foi constantemente adiado, o que se passou? Problemas com as entidades organizadoras?

É a palavra chave! São os problemas com as organizadoras. Vocês até sabem disso: estava previsto o lançamento para Setembro... pior, para Agosto, dia 12 de Agosto, vejam lá... Dois meses depois!
O que fiz? Esqueci a entidade organizadora e vim pedir licença à CMPD para utilizar o Coliseu Micaelense, e os custos revertiam à ANIMA. O principal problema foi mesmo o local para tocarmos. E ai a ANIMA foi espectacular conosco.

Como foi a experiência em estudio com o Luís H. Bettencourt e o Paulo Melo?

Foi muito boa, excelente mesmo! Sabes, o Luís e o Paulo sempre fizeram parte da música açoriana e trabalhar com eles é como trabalhar com família: dizes o que queres, fazes o que queres, mandas umas cara***** para o ar se for preciso (risos). Ou seja, estás mesmo à vontade! Foram os dois espectaculares.

Quais as espectativas futuras em relação ao vosso álbum – “Crashing”?

A minha prespectiva futura é chegar o mais longe com esse CD. Quero receber críticas de longe e que as pessoas comprem o nosso CD. Não queremos vender CD’s pela internet porque isso sai um pouco caro...

...mas segundo sei, o vosso álbum conhecerá uma distribuição em solo nacional e no estrangeiro por parte da Recital, correcto?

A Recital já tem o nosso processo. O que iria fazer era apenas distribuição em Portugal, enquanto que uma promotora e distribuidora espanhola ficaria com o restante. Essa distribuidora não está confirmada ainda porque estamos em negociações através de uma outra pessoa incerida no meio. Mas o que queremos é mesmo chegar o mais longe possível com esse CD até porque achamos que praticamos um estilo de música acessível a qualquer faixa etária!

A profissionalização é uma hipótese para os Hiffen?

Isso é lógico! Não se costuma dizer “mais vale tarde do que nunca”?! Apesar do mais velho da banda já ter 26 anos não significa nada para ele. Nem que seja aos 35 anos estará pronto para a profissionalização, diz ele.


... então é um sonho o que vocês têm?

Sim. É um sonho, neste momento é. Viver da música é muito bom, mas também é desgastante. Há que pensar duas vezes. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Como descreves o teu percurso em Hiffen ao longo desses anos?

“Its evolution baby!” (risos) É praticamente isso, foi uma evolução total. De 2001 até 2005, não houve um único ano que eu tivesse notado que não houve evolução. E, principalmente hoje, notou-se que o trabalho de casa estava bem estudado. Acabou-se esse CD? Não faz mal, é sempre para a frente. Vamos continuar a batalhar nessas músicas antigas e progredir nas novas.

Para finalizar, a pergunta da praxe, o que pensas do METALICIDIO.COM?

É o seguinte, o Metalicidio eu não conhecia se não fosse o André Frias. Depois da primeira visita gostei imenso. Mandei um e-mail ao João Arruda e tornamo-nos amigos. Ele é que fez o site dos Hiffen que eu acho que está um espectáculo e toda a gente que lá vai diz que está espectacular. Portanto, o João está de parabéns! E penso que o Metalicidio será uma grande rampa para uma banda que esteja a pensar lançar-se lá fora, e o próprio João será beneficiado com isso. O João terá sempre o nosso braço amigo.

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